quinta-feira, 2 de outubro de 2008

TRAÇANDO CAMINHOS

A cada nova experiência, consigo perceber como se dá à árdua “missão de educar”, como esse ato consolida-se complexo, essa complexidade é retratada por Freire (1996), quando argumenta que a prática de ensinar:

“...exige reflexão e adoção de atitudes por parte do educador que servi-lhe-ão de essência para ensinar o ensinado a olhar o mundo à sua volta e que, ao percebê-lo em sua realidade, dela se aproprie. Ensinar exige, antes de tudo ética para pensar o certo, com a corporeificação das palavras pelo exemplo.”

Ensinar algo a alguém está muito além de transmitir conhecimentos, perpassam por emoções, contextos diversificados, recursos disponíveis, exige ousadia e simplicidade e tudo isso nada mais é do que transformar a prática num saber fazer diferente.
Dessa experiência que se inicia, em mim desperta um desejo grande de ser um diferencial, o contexto que vivi nesse período é contrário do que costumo atuar e me fez valorizar ainda mais o que tenho a disposição do meu trabalho enquanto educadora, além de provar pra mim mesma, como é possível criar possibilidades de trabalho mesmo com déficit de recursos.
È... desafios existem para serem superados!!!

sábado, 30 de agosto de 2008

ESTÁGIO: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

Para quem já exerce o magistério as autoras apresentam uma perspectiva de formação contínua e pensa o estágio como possibilidade de ressignificação da identidade.
"Somos sempre aprendizes da profissão e estagiários da vida"
Alves Franco
O estágio reflete um retrato vivo da prática docente, momento de refletir sobre suas experiências, projetar um novo conhecimento que restruture práticas, descobrir caminhos que favoreçam resultados melhores na aprendizagem dos alunos. A dinâmica da formação contínua pressupõe um movimento dialético, de criação constante do conhecimento, do novo, a partir da superação do já conhecido. Quem è professor vive em estágio permanente, pois cada aula é um desafio e um espaço para observação, registro, reflexão e encaminhamento de novas práticas. À medida, que os anos se passam, os professores vão construindo os seus fazeres pedagógicos de sua vivência dentro do laboratório vivo, que é sua sala de aula, condutas e jeitos que se constrói no dia-a-dia com situações experenciadas, testadas. Nesse período do estágio supervisionado deve-se aproveitar o momento para reflexão, repensar saberes da prática docente, a fim de nos encorajar a enfrentar desafios e exercitar a "práxis".
Texto: PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. Sâo Paulo: Editora Cortez, 2004.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

ALICERCES DA MINHA DOCÊNCIA.....

Acreditar quando poucos acreditam...
" É preciso ousar para criar-nos e recriar-nos com nossos alunos o conhecimento, pela dúvida e pela criticidade"
(Freire e Schor, 1986, p.56)
O ato de educar, requer ousar, abrir-se para o novo que deve está em sintonia com as transformações e isso exige coragem
para reconhecer as falhas e compartilhar grandes conquistas.
É preciso ter fundamentos...A minha itinerância é marcada por persistências...

COMO TUDO COMEÇOU.......

Minha caminhada educacional foi traçada por marcantes influências pedagógicas.Minha família sempre residiu em Jequié,e minhas referências de ordem familiar estavam centradas na minha mãe, formada em magistério, que apesar de não o exercer fora de casa, fazia uso dessa missão de educar de maneira brilhante, mostrando-me que era possível extrapolar os muros da instituição formal, chamada "escola". Meu período escolar ao longo dos anos foi marcado por apreciar o "dom de educar", posturas de educadores comprometidos fizeram-me acreditar na formação de cidadãos críticos, capazes de repensar e construir uma sociedade mais justa e menos seletiva. Também me deparei com professores sem compromisso que despertou em mim a intensa vontade de ser diferencial em futuras ações pedagógicas que estavam por vir.

SER PEDAGOGO............POR QUÊ?

A preferência pelo curso se deu por duas vertentes, a exigência do mercado em adquirir uma graduação e a paixão pela educação. Todo esse período de formação que se passou até agora, tem me ajudado a repensar práticas educativas de extrema importância para o meu fazer pedagógico, teóricos como Libâneo (2005, p.10), afirma que: “o que justifica a existência da pedagogia é o fato de esse campo ocupar-se do estudo sistemático das práticas educativas que se realizam em sociedade como processos fundamentais da condição humana”. A preferência pelo curso se deu por duas vertentes, a exigência do mercado em adquirir uma graduação e a paixão pela educação. Ensinar algo a alguém está muito além de transmitir conhecimentos, perpassa por emoções, contextos diversificados, recursos disponíveis, exige ousadia e simplicidade e tudo isso nada mais é do que transformar a prática num saber/fazer diferente, essas questões movem a minha prática.

PERSISTÊNCIAS DA MINHA CAMINHADA...

Inicialmente, o curso provocou inúmeras inquietações, pois, o discurso parecia ser dissociado da prática, um cabedal de teorias que com a experiência que eu vivenciava não dava conta da gama de exigências que o contexto exigia. Momentos difíceis foram se configurando, a expectativa de que o curso de pedagogia daria conta do saber/fazer pedagógico tornava-se cada vez mais distante do que era real. Libâneo (2005, p.23), ressalta com muita propriedade que “a pedagogia investiga a natureza, as finalidades e os processos necessários às práticas educativas com o objetivo de propor a realização desses processos nos vários contextos em que essas práticas ocorrem”. Por compreender que as ações pedagógicas não se restringem à escola ou à família, mas perpassam em todo e qualquer âmbito e contexto da existência humana, seja ela individual ou social, sistematizada ou não, à luz de diversas modalidades, não conseguia situar em meio a tanta teoria elos entre argumentações teóricas e a prática pedagógica. Os semestres foram se passando e inicia-se uma disciplina chamada Psicologia, a qual daria conta da investigação da compreensão do comportamento humano. Os pensamentos e as indagações dos estudiosos da Psicologia abrem um leque de inquietações acerca de como o ser humano aprende e quais interferências podem ser consideradas importantes no processo de aprendizagem. Leituras, discussões, pesquisas, confrontadas com a prática foi alicerçando a minha caminhada de educadora ao longo desses anos. Hoje, no VIIi semestre, consigo perceber como se dá à árdua “missão de educar”, como esse ato consolida-se complexo.